Difícil não e lutar
Pelo que mais se quer.
Mas sim desistir,
Mas não penses que
Desisti por não ter
Mais forças para lutar,
Mas sim não ter mais condições
De sofrer….
mjplc
Mafalda obrigada por seres a “a cor da fogueira “ que aquece a minha vida, por caminhares comigo “lado a lado”, marcando a minha vida, como se de “tatuagens” se tratasse. “Nada se repete “ em ti, as tuas canções são únicas, o teu “cantar” marca-me “na alma e na pele"fazendo-me voar para bem longe como se fosse um “pássaro do sul”. OBRIGADO
É muito tempo a desejar o tempo De mudar ventos, levantar marés É muita vida a desejar o alento Que faz saber ao certo quem és
É funda a toca onde te escondes tanto Tem a distância entre o silêncio e a voz A vida rasga bocadinhos gastos do mundo Vai descascando até chegar a nós
A tu que sabes tanto de mim Tu que sentes quem eu sou Dá-me o teu corpo como ponte que me salva Do que o medo fechou
São muitos dias a perder em vão Sem nunca entrar dentro do labirinto É muita vida a não ser o que tu sentes A planar sobre o que eu sinto
É quase noite, não te escondas mais Vai desatando até entrar o ar Dá-me um gesto que me diga o teu fundo Uma palavra para te tocar
Tu que sabes tanto de mim Tu que sentes quem eu sou Dá-me o teu corpo como ponte que me salve Do que o medo fechou
Tu que sabes tanto do sol És uma espécie de outra margem de mim Olha-me dentro como chão que me agarre
Pode ser esta noite quente A estrada aberta mesmo à nossa frente E tu e eu a descobrir o ar Não é preciso correr Não é urgente chegar O que é preciso é viver
Foi há tantos anos, foi há dois mil anos Que vi no amor o meu Cristo Que me mostraste um amor imprevisto Que me falaste na pele e no corpo a sorrir
Meus olhos fechados, mudos, espantados Te ouviram como se apagasses A luz do dia ou a luta de classes Meus olhos verdes ceguinhos de todo para te servir
Mariazinha fui, em Marta me tornei Vou daquilo que fui pr'aquilo que serei
Filhos e cadilhos, panelas e fundilhos Meteste as minhas mãos à obra E encontraste momentos de sobra Para evitar que o meu corpo pensasse na vida
Teus olhos fechados, mudos e cansados Não viam se verso, se prosa O meu suor era o teu mar de rosas Meus olhos verdes, janelas de vida fechados por ti
Mariazinha fui, em Marta me tornei Vou daquilo que fui pr'aquilo que serei
Pegas-me na mão e falas do patrão Que te paga um salário de fome O teu patrão que te rouba o que come Falas contigo sozinho para desabafar
Meus olhos parados, mudos e cansados Não podem ouvir o que dizes E fico à espera que me socializes Meus olhos verdes Boneca privada do teu bem estar
Mariazinha fui, em Marta me tornei Vou daquilo que fui pr'aquilo que serei
Sou tua criada boa e dedicada Na praça, na casa e na cama Tu só vês quando vestes pijama Mas não me ouves se digo que quero existir
Meus olhos cansados ficam acordados De noite chorando esta sorte De ser escrava prá vida e prá morte Meus olhos verdes Vermelhos de raiva para te servir
A tua vontade, justiça igualdade Não chega aqui dentro de casa Eu só te sirvo para a maré vaza Mas eu já sinto a minha maré cheia a subir
Meus olhos cansados abrem-se espantados Prá vida de que me falavas Pra combater contra os donos de escravas Meus olhos verdes Que te vão falar e que tu vais ouvir
Mariazinha fui, em Marta me tornei Sei aquilo que fui e que jamais serei Mariazinha fui, em Marta me tornei Sei aquilo que fui e que jamais serei
Vai caminhando desamarrado Dos nós e laços que o mundo faz Vai abraçando desenleado De outros abraços que a vida dá
Vai-te encontrando na água e no lume Na terra quente até perder O medo, o medo levanta muros E ergue bandeiras pra nos deter
Não percas tempo, O tempo corre Só quando dói é devagar E dá-te ao vento Como um veleiro Solto no mais alto mar
Liberta o grito que trazes dentro E a coragem e o amor Mesmo que seja só um momento Mesmo que traga alguma dor Só isso faz brilhar o lume Que hás-de levar até ao fim E esse lume já ninguém pode Nunca apagar dentro de ti
Não percas tempo O tempo corre Só quando dói é devagar E dá-te ao vento Como um veleiro Solto no mais alto mar
Sou uma personagem verdadeira no palco da vida em busca da interpretação adequada ao momento e à mensagem do destino. Represento naturalmente a sinceridade, compreensão, amizade, boa disposição, reflexão, sensibilidade e, numa só expressão, a "Paixão pela Vida". Gostaria de representar noutros palcos da vida talvez mais próximos, mantendo o prazer em representar nos palcos actuais. Aproveitem a representação das minhas reflexões num palco virtual perto de si ;)